Capacitação em gênero e sexualidade no contexto organizacional

Por: Amanda Ferronato – Assessoria de Comunicação –

Capacitação com colaboradores

Os colaboradores do PUCRS Carreiras participaram, no início de março, de uma capacitação interna sobre gênero e sexualidade. Com objetivo de orientar, esclarecer dúvidas e de auxiliar no atendimento prestado o psicólogo, Ramiro Figueiredo Catelan*, abordou conceitos básicos, modelos explicativos da violência, vulnerabilidade social, diversidade nas organizações e boas práticas.

Essa temática não deve mais ser vista como tabu nas empresas, a inclusão e o respeito a todos e todas deve ser prioridade no ambiente de trabalho. É com preocupação em proporcionar um atendimento acolhedor e inclusivo que a equipe esteve debatendo como praticar isso diariamente. Para a coordenadora do PUCRS Carreiras, Katia Almeida, “é muito importante sermos capacitados com relação à temática, para conhecermos e entendermos, mas principalmente para que os consultores, os colaboradores do Atendimento e todos nós tenhamos uma cultura de respeito ao próximo, acolhendo e auxiliando todos que chegarem até o PUCRS Carreira”, disse.

Ramiro proporcionou um momento de muitas trocas e partilhas entre a equipe, em uma de suas falas o psicólogo destacou que “é importante que a gente desenvolva o entendimento dos aspectos mais teóricos sobre o que é a diversidade sexual de gênero para depois pensar como isso se aplica no dia a dia e porque as empresas precisam ter abertura para diversidade sexual e de gênero”. 


Confira algumas dicas de boas práticas com a população LGBT preparadas pelo psicólogo Ramiro Figueiredo Catelan:

  • Evite pressuposições: não pressuponha que você sabe a identidade de gênero ou orientação sexual com base na aparência de alguém. 
  • Tenha uma linguagem neutra: evite a linguagem que faça pressuposições sobre a pessoa com base na expressão de gênero. Em vez de “Como posso te ajudar, senhora?”, pergunte “Como posso te ajudar?”. 
  • Use nomes e pronomes: pessoas trans costumam modificar seus nomes de registro, por isso, não chame uma pessoa pelo nome de registro, sempre utilize o nome social.  Pronome a ser usado é o de preferência da pessoa; na dúvida, pergunte. Caso se atrapalhe, peça desculpa e siga adiante. 
  • Use a  terminologia adequada: evitar usar a terminologia ultrapassada, em vez de “opção/preferência sexual” use “orientação sexual”. 
  • Tenha responsabilidade: crie um ambiente de respeito é essencial, não tenha receio de corrigir colegas quando necessário. 
  • Tenha empatia pelos outros. 
  • Não exponha uma pessoa trans em público e não deixe seus pensamentos, crenças e atitudes pessoais/religiosos interferirem negativamente no seu trabalho.

 

*Ramiro é psicólogo, doutorando em Psicologia (PUCRS), ênfase de atuação clínica e docente giram em torno do atendimento à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

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