Por: Caroline Vanzella M. Pedruzzi – Atendimento –
Prazer, eu sou a Carol, e no início de 2020 realizo o sonho que vem se materializando há quatro anos: ser jornalista! A felicidade se mistura a dúvidas, a graduação chegou ao fim, e agora? O que fazer?
Essa inquietação não é somente minha, e compartilho com vocês o relato da Gabriella Rocha Bittencourt, minha amiga e colega de faculdade, e que nos faz refletir o que se passa com muitos concluintes do curso superior no Brasil.
“Inúmeras são as perguntas. Mas, as principais respostas estão nas vivências. Como estudante e pesquisadora diversas vezes me desafiaram em estágios que não conhecia, e que jamais pensei em trabalhar. Quantas foram às novas possibilidades, muitas delas que me fizeram crescer como profissional. No início eu não compreendia, mas com o passar do tempo, fui percebendo que a resposta está justamente aí: se abrir como um profissional do mercado, mostrar suas vivências, medos e anseios, frente a um setor que cresce cada vez mais com o uso da tecnologia. De outro ângulo, temos o medo de não ser reconhecido. De atuar em áreas muito diferentes, ou de não ter oportunidade nem sequer de atuar, ou seja, entrar para o time de desempregados do Brasil.
Nessa transição de estudante para profissional, a insegurança aumenta, principalmente porque a informação, que é nossa busca constante, mostra o atual cenário e como muitas vezes é difícil se encaixar no perfil que o mercado procura. Não acredito que seja a falta de vivências na área, afinal, muitas foram às oportunidades de crescimento durante o caminho de graduação. Estágios, aliados a uma bolsa de pesquisa na universidade, realizada com muito êxito. Funções diferentes, visões de mercado diferentes. Uma profissional que se não pensasse nisso tudo não seria a profissional que se tornou”.
Em 10 de janeiro me formo em jornalismo junto com a Gabriella, que compartilhou um pouco dos seus anseios. Juntas compomos uma turma de 65 futuros jornalistas saindo da faculdade e indo direto pro mercado de trabalho (muitos de nós, sairão direto para as filas de emprego e para os bancos de dados das empresas). Eu como profissional, não atuo na área da comunicação, tenho consciência das minhas escolhas profissionais, entretanto, escolher trabalhar numa área afim durante a graduação não é demérito. Eu sempre paguei minhas despesas com a universidade e por isso optei pela estabilidade de um emprego, por que na área da comunicação – infelizmente – nem sempre se recebe a valorização necessária, ainda mais quando falamos de estágios.
É necessário correr contra o tempo, enquanto alguns poucos colegas já estarão empregados no dia 11/01/2020, muitos como a Gabriella estarão ansiosos por uma oportunidade de mercado, por vezes o caminho a ser percorrido pode se mais longos que para outros. Entenda que você investiu muito tempo, energia e finais de semana longe de quem você gosta para realizar o sonho de conquistar um diploma (isso sem contar no investimento financeiro). Também é importante dizer que temos o benefício da idade, que nos permite alguns erros e recomeços, que os nossos pais, por exemplo, não “topariam” em participar, largar tudo, começar do zero, investir, empreender. Desejo que você, assim como para a Gabriella e meus 63 colegas de jornalismo que não deixem de sonhar.
E uma dica minha como alguém que conhece o trabalho realizado aqui no PUCRS Carreiras é: Invista na consultoria de carreiras, nas simulações de entrevistas, na preparação de currículos e na elaboração das redes sociais para o mercado de trabalho como o LinkedIn. Esse atendimento é gratuito até dois anos de formado.
Um abraço e sucesso!
Um comentário
Poxa! Esse texto falou comigo! Faz em torno de uma semana que venho pensado fortemente neste dilema. Também sou formanda, minha colação é no mesmo dia (10/01). E minha insegurança aumenta ainda mais por ter assumido um curso tão novo para o mercado, que é a Escrita Criativa. Mas para nortear minha busca e aplicar iniciativas mais diretas, eu conto com a consultoria do PUCRS Carreiras, onde posso contar com um forte exercício de autoconhecimento, o que é indispensável ao nosso desenvolvimento.
Carol, obrigada por compartilhar um pensamento tão comum entre nós formandos brasileiros. E parabéns e muito êxito em nossas novas jornadas!